Na tarde da última terça-feira (09), excepcionalmente, as portas da UBS (Unidade Básica de Saúde) 7, do Jardim Nossa Senhora de Fátima e região, precisaram ser fechadas ao público após um episódio envolvendo uma paciente psiquiátrica atendida rotineiramente pela equipe da unidade.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o episódio com esta pessoa – que ameaçou os profissionais da UBS e precisou ser contida por uma guarnição da GCM (Guarda Civil Municipal), deixou a equipe de médicos, enfermeiros e atendentes bastante abalada e amedrontada.
De acordo com a pasta, por volta das 14h30 da terça, um médico da UBS 7 estava prestando atendimento ao público quando a paciente entrou sem autorização no consultório com uma arma de choque e um spray de pimenta. Diante das ameaças proferidas, os servidores públicos do local não tiveram outra opção para resguardar sua integridade física e psicológica, então acionaram a polícia.
“Ela (a paciente) estava na UBS 7 desde cedo, já tinha passado por consulta com outra médica e com a enfermeira. Mas ela retornou portando um spray de pimenta, uma máquina de choque e um soco inglês. Esse material foi apreendido pelos guardas. A paciente se cortou com uma lixa e a equipe permaneceu prestando atendimento a ela mesmo após o fechamento do posto, às 15h15. Os servidores chamaram a ambulância para atendê-la, mas ela se recusou a ir para o hospital”, detalhou a Secretaria de Saúde.
“Precisávamos preservar a dignidade dela, porque mesmo tendo agido de forma errada com a equipe, a patologia dela deve ser levada em conta e respeitada. E também por segurança dos outros pacientes e equipe”, acrescentou a pasta.
Mesmo assim, no final de tarde e começo de noite de terça-feira, a paciente fez várias postagens nas redes sociais (incluindo quatro “lives”) com ofensas aos profissionais, citando os nomes dos médicos. Foi solicitado reforço na segurança da UBS 7, o que foi prontamente providenciado pela gestão municipal. Alguns dos profissionais envolvidos registraram o caso junto à Polícia Civil.
A paciente exigia medicações que não fazem parte da Farmácia Básica do SUS e nem do Alto Custo, e mesmo após receber as orientações da equipe sobre o procedimento para obter tais remédios, não aceitou as informações e fez ameaças, momento em que informou que portava os instrumentos de violência corporal.
A Prefeitura concluiu a nota reconhecendo e prestando apoio à equipe de atuação da UBS 7 e da Saúde Mental da Rede Municipal, e reiterou que ameaçar e ofender servidores públicos durante o serviço é crime de desacato.