O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) emitiu um mandado de prisão definitiva contra o ex-padre Pedro Leandro Ricardo, condenado a 10 anos e 6 meses de reclusão por estupro. A decisão foi tomada na última quarta-feira (27), depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a sentença e esgotou todos os recursos da defesa.
A pena do ex-religioso, que inicialmente era de 21 anos, foi reduzida em março de 2024, após parte das acusações de abuso sexual serem consideradas prescritas ou desclassificadas. Ricardo foi acusado de abusar de quatro jovens — três adolescentes e uma criança — entre os anos de 2002 e 2006, na Paróquia São Francisco de Assis, em Araras, interior de São Paulo. O juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira destacou que as vítimas eram escolhidas por ele, que usava sua posição de líder religioso para cometer os crimes.
O caso foi a público em 2019 e a ação penal foi aceita pela Justiça no ano seguinte. Durante o julgamento, o ex-padre negou as acusações, atribuindo as denúncias a desavenças administrativas na paróquia. Em março de 2022, o Vaticano o demitiu do estado clerical.
Ainda em curso, o processo na Igreja Católica segue aberto e os advogados das vítimas Talitha Camargo, Aline Giacon, Roberto Tardelli e Gustavo Paiva buscam uma indenização financeira.
