Algo que muitas pessoas julgam simples, mas muitos pais tem extrema dificuldade, é de dizer NÃO para seus filhos. Aqueles olhinhos brilhantes estilo “gato de botas” do filme Shrek, mirando a gente piora ainda mais a situação.

Assim como dizer SIM, o ato de dizer NÃO também é uma atitude de amor, a família é o primeiro contato de afeto que a criança tem e acaba sendo um possível “ensaio” do que encontrarão mundo afora.

Quais pensamentos podem estar tomando conta desses pais para terem essa atitude:

“Eu trabalho o dia todo, mal tenho tempo de ficar com meu filho, o único tempo que tenho vou dizer não?”

Não foque na quantidade de tempo, foque na qualidade do tempo que você passa com ele(a), nem que seja trinta minutos por dia, sente no chão com seu filho(a), brinque com ele(a), converse, dedique esse tempo só a ele(a), que a relação de vocês pode melhorar e muito.

“Como não tive tudo que queria com meus pais, vou fazer diferente e dar tudo que meu filho quer”.

Nós adultos sabemos que a vida vai nos dar por vezes mais “NÃO’s” do que “SIM’s”, a psicologia nos ensina que aprendemos a ter resistência a frustração e sermos resilientes, através dos nãos que recebemos na vida e como aprendemos a lidar com eles.

“Vou causar sofrimento no meu filho então melhor eu fazer o que ele quer”.

Antes de dizer que vai fazer ou não algo que ele quer, melhor dizer que vai pensar no assunto, veja as possibilidades, para que sua palavra não perca força com ele, que seu sim seja sim e que seu não seja não; veja a melhor alternativa e decida. O não pode causar algum incômodo, desconforto ou dor, mas não podemos ter tudo que queremos não é verdade?

“Meu filho é o mais inteligente, o melhor em relação a outras crianças, não é ele que precisa de não e sim o filho do fulano(a)”.

Comparar seu filho com o de outro não trás benefícios a ele, nem dizendo que ele é melhor que o outro e muito menos dizendo que ele é pior (ele é único e ponto). Por mais que você sinta que ele é “maior” que os outros de alguma forma, ele precisa aprender sobre empatia, respeito e principalmente a respeitar o lugar do outro e suas diferenças, senão pode se tornar um adulto egoísta, achando que ele é o Sol e que todos os demais devem girar em torno dele.

“Meu filho não vai me amar mais se eu não fizer o que ele quer”.

Se você pensa isso, questione-se se você deixou de amar seus pais pelo não que recebeu na vida, ou se no fundo tem gratidão por eles pelo ser humano que você se tornou. Caso você sinta que deixou de amar seus pais por isso, procure ajuda profissional, pois precisa tratar essa insegurança e esse trauma causado em você.

“Ele vai me causar um estresse muito grande se eu disser não, então é melhor eu aceitar e evitar conflitos”.

Nesse caso você não estará evitando conflitos e sim os adiando. Melhor resolver uma situação no momento que ela acontece, do que deixar que ela cresça e você perca o controle sobre ela. O diálogo e amor são sempre o melhor caminho.

“Não consigo dizer pra ele não ficar no celular, porque ele fica quieto, calmo e me dá paz, além de ter tempo para eu fazer várias coisas”.

Cuidado com o tempo que seu filho fica online, seja no celular, videogame, tablets, pois há muitos estudos relatando que ficar muito em equipamentos eletrônicos, podem afetar a cognição da criança e sua capacidade de sociabilizar com os demais. Os pediatras relatam que eles fiquem no máximo de uma a duas horas por dia, se seu filho tem ficado mais que isso, pode acontecer problemas futuros.

Com a pandemia o entretenimento para a maioria foi online, no entanto estamos vendo cada vez mais filhos e pais estressados, cansados e entediados. Dialoguem e descubram que tipo de lazer vocês são compatíveis e tentem fazer juntos, como jogos de tabuleiros que estimulem o raciocínio e causem diversão, dancem juntos, coloquem Karaokê no YouTube e cantem, dancem, caminhem, andem de bicicleta, conversem e conheçam de fato o que passa no coração e nos pensamentos dos seus filhos, assim podem seguir sem culpa, tranquilos e um pouco mais em paz.

Autora: Grasiela Siqueira
Psicóloga
CRP 06/119271
grasi.fsiqueira@gmail.com
(19) 99320-2353
Rua Luiz Delbem, 170 – Centro – Americana/SP
Insta: @umapsicologa_me_disse

Algo que muitas pessoas julgam simples, mas muitos pais tem extrema dificuldade, é de dizer NÃO para seus filhos. Aqueles olhinhos brilhantes estilo “gato de botas” do filme Shrek, mirando a gente piora ainda mais a situação.

Assim como dizer SIM, o ato de dizer NÃO também é uma atitude de amor, a família é o primeiro contato de afeto que a criança tem e acaba sendo um possível “ensaio” do que encontrarão mundo afora.

Quais pensamentos podem estar tomando conta desses pais para terem essa atitude:

“Eu trabalho o dia todo, mal tenho tempo de ficar com meu filho, o único tempo que tenho vou dizer não?”

Não foque na quantidade de tempo, foque na qualidade do tempo que você passa com ele(a), nem que seja trinta minutos por dia, sente no chão com seu filho(a), brinque com ele(a), converse, dedique esse tempo só a ele(a), que a relação de vocês pode melhorar e muito.

“Como não tive tudo que queria com meus pais, vou fazer diferente e dar tudo que meu filho quer”.

Nós adultos sabemos que a vida vai nos dar por vezes mais “NÃO’s” do que “SIM’s”, a psicologia nos ensina que aprendemos a ter resistência a frustração e sermos resilientes, através dos nãos que recebemos na vida e como aprendemos a lidar com eles.

“Vou causar sofrimento no meu filho então melhor eu fazer o que ele quer”.

Antes de dizer que vai fazer ou não algo que ele quer, melhor dizer que vai pensar no assunto, veja as possibilidades, para que sua palavra não perca força com ele, que seu sim seja sim e que seu não seja não; veja a melhor alternativa e decida. O não pode causar algum incômodo, desconforto ou dor, mas não podemos ter tudo que queremos não é verdade?

“Meu filho é o mais inteligente, o melhor em relação a outras crianças, não é ele que precisa de não e sim o filho do fulano(a)”.

Comparar seu filho com o de outro não trás benefícios a ele, nem dizendo que ele é melhor que o outro e muito menos dizendo que ele é pior (ele é único e ponto). Por mais que você sinta que ele é “maior” que os outros de alguma forma, ele precisa aprender sobre empatia, respeito e principalmente a respeitar o lugar do outro e suas diferenças, senão pode se tornar um adulto egoísta, achando que ele é o Sol e que todos os demais devem girar em torno dele.

“Meu filho não vai me amar mais se eu não fizer o que ele quer”.

Se você pensa isso, questione-se se você deixou de amar seus pais pelo não que recebeu na vida, ou se no fundo tem gratidão por eles pelo ser humano que você se tornou. Caso você sinta que deixou de amar seus pais por isso, procure ajuda profissional, pois precisa tratar essa insegurança e esse trauma causado em você.

“Ele vai me causar um estresse muito grande se eu disser não, então é melhor eu aceitar e evitar conflitos”.

Nesse caso você não estará evitando conflitos e sim os adiando. Melhor resolver uma situação no momento que ela acontece, do que deixar que ela cresça e você perca o controle sobre ela. O diálogo e amor são sempre o melhor caminho.

“Não consigo dizer pra ele não ficar no celular, porque ele fica quieto, calmo e me dá paz, além de ter tempo para eu fazer várias coisas”.

Cuidado com o tempo que seu filho fica online, seja no celular, videogame, tablets, pois há muitos estudos relatando que ficar muito em equipamentos eletrônicos, podem afetar a cognição da criança e sua capacidade de sociabilizar com os demais. Os pediatras relatam que eles fiquem no máximo de uma a duas horas por dia, se seu filho tem ficado mais que isso, pode acontecer problemas futuros.

Com a pandemia o entretenimento para a maioria foi online, no entanto estamos vendo cada vez mais filhos e pais estressados, cansados e entediados. Dialoguem e descubram que tipo de lazer vocês são compatíveis e tentem fazer juntos, como jogos de tabuleiros que estimulem o raciocínio e causem diversão, dancem juntos, coloquem Karaokê no YouTube e cantem, dancem, caminhem, andem de bicicleta, conversem e conheçam de fato o que passa no coração e nos pensamentos dos seus filhos, assim podem seguir sem culpa, tranquilos e um pouco mais em paz.

Autora: Grasiela Siqueira
Psicóloga
CRP 06/119271
grasi.fsiqueira@gmail.com
(19) 99320-2353
Rua Luiz Delbem, 170 – Centro – Americana/SP
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By Joshua Evangelista

Comunicólogo, jornalista e cofundador do site desde outubro de 2019.