(Foto: Guarda Municipal de Americana)

Todos nós chegamos num ponto da nossa vida que nos perguntamos o que queremos fazer dela, no que trabalhar, qual profissão escolher para estudar, com quem se relacionar etc.

Quando se pensa em estudar uma graduação, muitas pessoas se intrometem dizendo:

“Pra que você vai fazer esse curso se não dá dinheiro”?

Não é só pelo dinheiro que devemos escolher o que estudar, muitos pontos devem ser levantados, como: se você tem o perfil, se aquela profissão brilha seus olhos, grade curricular, locais de trabalho e funções a serem realizadas com aquele curso. Do que adianta só ganhar bem e levantar todos os dias tristes, por ter que fazer algo que você não gosta e estar num ambiente que te faz mal?

“Fulano(a) e todo mundo está fazendo tal curso e estão realizados, por que você não faz também”?

Como dizia as mamães de todo o Brasil: “Você não é todo mundo Joãozinho”! Cada pessoa tem habilidades, interesses e competências diferentes, o que é bom para uma pessoa, pode ser horrível para outra. Temos que respeitar nossos limites e aquilo que realmente queremos para nós, sem necessariamente se comparar com outro.

“Se você começar tal curso e trancar, será uma vergonha para as pessoas”

Quando entramos na faculdade, não sabemos exatamente se vamos nos identificar com o que estamos aprendendo, se no meio do caminho sentir que aquilo não é para você, porque se obrigar a isso?

Tive um amigo que fez três anos de engenharia e não gostava a ponto de ficar em várias DPs. Eu era estudante de psicologia na época e indiquei minha psicóloga para ele fazer orientação vocacional (o que também realizo hoje), e ele descobriu que o que queria mesmo era ser psicólogo, então trancou a matrícula e hoje está realizado na sua profissão.

“Você deveria seguir a profissão do seu pai, pois assim seu caminho já está seguro”.

Muitas famílias gostam de seguir uma tradição, sejam de médicos, advogados etc. Se o filho quiser isso, está tudo bem, o problema é quando os pais querem obrigar os filhos a seguirem seus caminhos. Cada pessoa tem direito de escolher seu caminho por si só, não por desejo dos pais. O quão é frustrante fazer algo só pra suprir as expectativas de alguém e estar infeliz. Seu filho deve ser livre, ser ele mesmo e não ser uma “continuação” de você.

“Por que você vai mudar de profissão agora? Investiu tanto nisso!”

Muitas pessoas trabalham anos numa profissão e depois de estarem cansadas, ou aquilo não fazer mais sentido, acabam escolhendo outro trabalho que lhes tragam mais qualidade de vida. Respeite as escolhas dela.

“Nossa você escolheu o fulano(a) pra se relacionar, vocês dois não tem nada a ver”.

Um relacionamento é construído dia a dia, só com a convivência e experiência de estarem juntos que vai mostrar se os dois são compatíveis ou não, cabe a esses dois se decidirem. Se a pessoa não pediu sua opinião, por que colocar insegurança no coração dela?

“Pra que você vai gastar dinheiro com isso? Se estivesse no seu lugar gastaria com outra coisa”.

Se o dinheiro é da pessoa e a vida é dela, por que te incomoda tanto o que a pessoa faz com o que é dela? Já parou para pensar que está invadindo um lugar que não é seu?

No consultório vejo muita gente frustrada, porque fez o que os outros queriam que elas fizessem e não o que realmente queriam fazer. Muitas pessoas foram desencorajadas de seus sonhos, por outras que não acreditavam nelas ou em suas capacidades.

Muita gente que nem é da área, falam coisas que geram inseguranças nos demais. Por isso se possível, é importante fazer orientação profissional com uma psicóloga, pois com os testes e análise, você se sentiria mais seguro(a) de qual caminho percorrer, do que ouvir vozes sem embasamento na sua cabeça. Vejo muita gente seguindo mais livre com a terapia.

Antes de opinar na vida de alguém, se pergunte se a pessoa precisa realmente da sua opinião, as vezes você pode achar que ela precisa, mas está enganado(a). Também pergunte-se, se você não é alguém frustrado querendo frustar os planos do outro. Ajude se a pessoa pedir ou precisar.

Como dizia Rubem Alves: “Caminharam sem perceber que a felicidade estava no caminho e não no final”.

Você que está fazendo uma escolha importante na sua vida, não pense só na linha de chegada, curta o processo, se arrisque, antes de saber se você consegue, você pode tentar, errar e recomeçar. A vida não precisa ser a mesma sempre e muito menos você.

Autora: Grasiela Siqueira
Psicóloga
CRP 06/119271
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(19) 99320-2353
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By Joshua Evangelista

Comunicólogo, jornalista e cofundador do site desde outubro de 2019.